
Legenda- Dunga cercado por jornalistas: 'adversários'
A exatos 100 dias da bola rolar na África do Sul, no dia 11 de junho para o início da Copa do Mundo de Futebol, a análise que faço é que o técnico do Brasil, o ex-volante "brucutu" Dunga não pode errar na convocação dos 23 jogadores da Seleção Brasileira.
Se voltarmos a 1994, era impossível um técnico "mapear" todos os jogadores brasileiros que atuavam na Europa senão estivesse in loco. Hoje, tudo é diferente. Com o advento da internet e da transmissão de todos os principais campeonatos da Europa pelas tvs a cabo do país - ESPN transmite os campeonatos Alemão, Inglês, Italiano e Espanhol; a Sportv transmite o Italiano, Francês e Argentino; Band Sports passa o Português, Alemão e o Turco- o técnico tem como observar a performance dos seus comandados de casa. Assim, a margem de erro, a meu ver, é nula. Se pensarmos que o técnico precisa estar atento a tudo o que ocorre no Brasil e no Mundo, onde estiver brasileiro atuando, fica impossível não saber a razão pela qual Doni e Julio Baptista são reservas na Roma; que Felipe Mello caiu muito de produção na Juventus, em detrimento à Fiorentina; entre outros pontos. Dunga não pode achar que só porque parte da imprensa não concorda com as suas convicções, principalmente sobre a não convocação de Ronaldinho Gaúcho, que todos são "antipatriotas". Sempre falo isso para meus amigos de profissão: jornalista que está trabalhando não tem o direito de torcer, o papel dele é o de informar. Se estiver na arquibancada, é outra coisa. Dunga precisa entender que os jornalistas não são torcedores, mesmo sendo brasileiros. E nem por isso torce contra a Seleção.
Mas uma coisa precisa ser louvada no técnico: ele não faz média, com a emissora "amiga" da CBF. Pelo contrário, tem rusgas com o narrador/porta voz da emissora.
Eu particularmente temo pelo estilo de jogo da Seleção na África. A base do time é o contragolpe. Mas e quando o time de Dunga sair perdendo, o que fazer? Por isso queria ver Ronaldinho Gaúcho, Neymar e até Paulo Henrique tendo a oportunidade de jogar com a camisa amarela. Dunga precisa ousar, como fez Feola em 1958, Zagallo em 1970 - escalando Rivelino,Gerson, Tostão, Pelé e Jairzinho-, Parreira, em 1990 - ao levar Ronaldo- e Felipão, por confiar em Ronaldo e Rivaldo, e levar Gilberto Silva e Kléberson, além de Kaká.
Ronaldinho não pode ser crucificado pelo fracasso nas Olímpiadas, mesmo porque se houve derrotados, Dunga também tem grande parcela dele, pois era o comandante.
Mas é preciso reconhecer que o Brasil tem uma base, como Julio César, Maicon, Lúcio, Juan e... Gilberto Silva.....Elano e Kaká; Robinho e Luis Fabiano.
Mas pode ser que não seja o ideal para granhar mais uma Copa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário